quarta-feira, 17 de abril de 2013

Marco Feliciano e a FÉ-liciana


 
Estou cansado com a FÉ-liciana, porque é uma fé que desconheço durante todo o tempo em que comungo do amor de Deus em mim. Preciso falar. Serei escarnecido pelos discípulos do ódio desta Fé-liciana, mas pouco me importa, visto que tudo que provem dela é autoestima, é vaidade, é balela.

Certa vez um homem chamado Jonas ficou irado com o amor de Deus, pois Deus havia escolhido amar um povo que ele odiava. Alguns se demoram em falar sobre Jonas por causa da sua fuga, mas o seu mais profundo defeito foi odiar a plateia que deveria amar.

No contexto histórico, Israelitas e Ninivitas eram rivais. Jonas estava de malas prontas para Társis, fugindo não somente da voz de Deus, mas principalmente do seu próprio ódio, da sua própria angústia.

De fato, todo homem possui algo para chamar de Nínive. O desafio da existência humana não é somente estar com os rivais, mas amá-los, o que infelizmente poucos aprendem.

Esta é a nossa crise existencial teológica que persiste em existir nos púlpitos. Homens que pregam o evangelho com o desejo que as pessoas sejam fulminadas pelo poder de um deus, mas não salvas pelo amor do Cristo.

Esta é a síndrome evangélica. Um desejo incoerente em que Deus afunde o Titanic, mate John Lennon, derrube o avião dos Mamonas Assassinas. É totalmente patética essa vontade de que o mundo conheça a fúria de Deus, sem antes conhecer o amor dEle. É revanchismo, é rivalidade, é da natureza dos Jonas.

Este sintoma evangélico de um Deus vingador é atordoante, é blasfêmia, é ridículo. Este câncer é tão terminal que alguns festejam a tragédia dos outros com o escárnio maligno do “com Deus não se brinca”.

O deus evangélico é humano, carnal. Precisa mostrar poder quando seu ego é menosprezado. Até mesmo eu, um alguém totalmente enredado em vaidade estou livre dessa necessidade em demonstrar minhas virtudes, quem dera Deus, o Rei do Universo.

Enfim, Jonas falou acerca do bem, mas não desejava o bem. Que grande contradição. Talvez esta seja a realidade contemporânea. Os homens estão falando de um bem, mas não querem de fato, que este bem se realize.

Deus é amor, mas também é justiça é lema dos “justos” justiceiros que desejam ver os injustos mortos pelo poder do seu deus. Deus é amor e a sua justiça está em derramar este amor sobre todos, sendo eles justos ou injustos. A Graça é isso.

Sem misturar os remendos de pano velho, (antigo testamento) Jesus é Graça, é vida, é salvação. Costurando remendos e fazendo edições pobres de versículos descontextualizados, Jesus é um tirano, um ditador, um nazista.

Desculpe-me os tiranos, mas tudo está consumado. A Cruz é para todos, por todos e está sobre todos. Ela não existiu somente por causa das noventa e nove ovelhinhas comportadas, mas principalmente por causa daquela que se desgarrou.

A misericórdia triunfa sobre o juízo!!! Você já leu este verso?

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