Eli (Denzel
Washington) é um sobrevivente que vagueia pela terra desolada por uma guerra. O
cenário é apocalíptico, cinza, mortificante. As bíblias foram queimadas, as
cidades destruídas. Neste mesmo contexto de sobreviventes aparece a figura de
Carnegie (Gary
Oldman), o chefe de um inóspito vilarejo.
Carnegie está
obcecado por um livro. Ele reconhece que as palavras nele escritas, tem poder
de torná-lo um líder ainda mais poderoso, que poderá ampliar o seu domínio para
muito além daquela destruída cidadela. Eli, no entanto, possui este último
exemplar sagrado.
Não há duvidas.
Este filme não é apenas uma simples ficção, mas uma bela demonstração da
verdade contemporânea. A religião possui um forte paralelo com Carnegie, porque
o cristianismo jamais interpretou as escrituras na ótica de Cristo. Na verdade,
sempre esteve manejando um livro de poder, domínio e algemas. Através dos
escritos deste livro, o cristianismo ateou fogo em homens e mulheres, os trancou
em masmorras, justificando assim, as maiores atrocidades humanas, através de
seus escritos divinos “carnegianos”. Este livro não gerou discípulos humildes de
amor abnegado, mas inquisidores reclamando benefícios próprios, poder e fama.
As escrituras eclipsadas pelos Carnegie’s, nada mais são do que, demoníacas
armas religiosas de domínio, convencimento e hipnose.
Sem o livro
sagrado, que lhes proporciona credibilidade, os medievais inquisidores, e, estes
famosos evangélicos, seriam apenas donos de boteco, vendendo mulheres e bebidas.
Suas palavras, suas vidas, suas personalidades, seus amores, são compráveis,
negociáveis. Desprovidos de graça, verdade e misericórdia, jamais iriam atrair
sequer a atenção do vizinho, quem dera de multidões, como acontece.
A Palavra de
Deus, ontem e hoje, foi tão incompreendida pelas pessoas, tão pouco lida pelos
cristãos, que se transformou em apenas um livro que traz credibilidade para tornar
profanos em santos, idiotas em profetas, empresários em apóstolos.
Nas mãos dos pequeninos,
o livro sagrado é a Palavra que salva e liberta. Nas mãos destes botequeiros
religiosos, a Palavra é um livro que possui textos, que fora dos contextos, tornam
as pessoas reféns de um sistema hipnótico, doentio e politico. Jesus não
transformou as pedras em pães, porque é a Palavra Viva e Plena, não um
versículo qualquer.
A Palavra é
Jesus. Jesus é a Palavra. O que passar disso, é maligno, é vaidade, é burrice.
Apesar de forte, esse texto é uma realidade gritante e penetra nas profundezas do coração de quem à lê desprovido do próprio "eu"...
ResponderExcluirObrigado pela reflexão forte e profunda!!!
sera mesmo que o cristianismo e um modo de dominio ?
ResponderExcluirVemos um grande paralelo entre a Religião e a Palavra de Cristo, a religião nos aprisiona com suas doutrinas e achismos, cheias de palavras bonitas, mas que na sua essências são vazias. A Palavra de Deus sai da boca do mais humildes entres os homens, mas é recheada com vida, esperança e amor, O mundo esta se destruindo e a religião dia após dia acumula mais e mais almas perdidas.
ResponderExcluirLi seu texto e percebi um conteúdo muito pesado. A palavra dEle é simples, infelizmente nas mãos de homens imbuídos de sagacidade com tendência para a vaidade, pode se tornar uma armadilha.
ResponderExcluirExiste uma visão superficial nesse assunto no tocante ao cristianismo saber interpretar as escrituras na visão de Cristo , lógico que jamais seremos iguais a Cristo porém ,existe só um grupo escolhido nessa terra que sabe interpretar os escritos pke se não fosse eles jamais Deus teria extendido os dias desse sistema mau .a biblia fala de um grupo escolhido os escolhidos e até menciona que os dias serão abreviados por causa deles mais se fosse depender dos líderes religiosos falsos esse mundo já teria sido destruído ou seja as pessoas não o mundo literal .Assim como deus puniu várias vezes as pessoas nos tempos antigos assim o fará novamente por causa da imoralidade religiosa que os líderes religiosos estão cometendo com a política desse mundo e por causa dos seus ensinos falsos acompanhado pela ganância em obter riqueza através da apostasia
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