quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Em busca da felicidade

Confesso que não gosto de fazer algumas coisas. Acho que esta é uma realidade humana muito natural. Não sinto saudades de lavar louça, colocar cortinas, arrumar malas e fazer treinos físicos. Correr numa esteira não é o que eu posso chamar de legal, mas correr num parque com meu irmão é algo extremamente bacana e prazeroso. Descobri que a verdade que existe por traz do nosso “mau” gosto é gerada pela falta de companhia de pessoas que gostamos.  Não são os lugares que fazem as pessoas, são as pessoas que fazem os lugares. Nós estabelecemos através dos nossos relacionamentos a nossa própria felicidade. São nestes convívios prazerosos e sorridentes que nós somos felizes.
Nada neste mundo consegue transformar um ambiente, uma família, um lugar, se não for pelas próprias pessoas que estão envolvidas neste contexto. Qualquer paraíso transforma-se facilmente em um barraco por causa de uma má companhia e o contrário também é a mais pura verdade. Existem milhares de casebres que são lares, ao passo que muitas mansões apenas hospedam pessoas da mesma família. Nós temos o poder transformador de mudar o mundo que vivemos, o lugar que trabalhamos, as pessoas que amamos, a cidade que moramos e principalmente contexto familiar que nascemos. Se Hitler organizou um país, um povo, e um exército numa ideologia idiota e equivocada, talvez alguns de nós, inspirados pelo poder do amor, poderíamos exercer influência, pelo menos, sobre nossos filhos. Se você fizer sua parte, o seu mundo será outro, e de alguma forma, o meu mundo sentirá esta diferença. Enfim, correr não é bom, mas alguma companhia pode tornar isso melhor. Se a profissão não traz plenitude, ótimo, isso é apenas uma verdade que descobrimos quando atingimos o ápice profissional.
Quem deposita na profissão a felicidade está plantando sementes no asfalto. Nada que seja tão vivo e importante quanto o amor e a felicidade podem ser gerados em ventres comerciais. Embora a profissão seja algo importante e desafiador, ela é apenas mais uma, entre muitas outras, que fazem parte da vida de todos nós, mas que de forma alguma serão a essência ou a semente da felicidade. A felicidade fala, ouve, beija, anda. A plenitude abraça, grita, chora de madrugada. A alegria possui nome, sobrenome, CPF e RG. Não mortifiquemos em cifras e em salas comerciais o que Deus nos entregou vivo e cheio de graça.
Pense nisso!

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