O foco da modernidade está vinculado ao EU. Em nenhum outro momento, o homem esteve tão ligado a si mesmo como neste dias. Desde os relacionamentos íntimos humanos até a relação com o divino, estamos desenvolvendo uma simples e categórica forma egocêntrica de viver. Estamos cada dia mais, tomando atitudes, dizendo coisas, amando pessoas, que em um fim próximo poderão nos dar um retorno. Mesmo que neguemos esta esdrúxula verdade, essa é a nossa mais pura realidade. O que antigamente chamávamos de caridade, hoje é a mais pura demonstração de egoísmo. No fundo, quantos de nós doamos aquilo que temos por amor ao próximo? Quantos de nós estamos realmente preocupados com a fome do outro? Nossas atitudes possuem um olhar no retrovisor.
Os problemas e as tragédias tornaram-se o foco da nossa vida. Por acaso não são essas as noticias de maior destaque dos telejornais? Sorrateiramente isso acontece em nosso coração. A tragédia, as perdas, as dificuldades ganham espaço em nossa alma e permeiam grande parte do nosso pensamento, influenciando cada célula e cada minúsculo neurônio viver em função das nossas próprias dores. Esta metástase moderna está nos matando. De alguma forma estamos morrendo “felizes” com a ignorância do EU não diagnosticada pela nossa mente. Esta autopiedade instalada em nosso cotidiano, em que EU possuo mais problemas e cansaços que o outro, é uma síndrome contemporânea que levam as pessoas ao sofrimento de sentirem-se menos felizes, menos importantes e mais desfavorecidas. Embora sejamos errantes, temos bons motivos para viver. Embora existam problemas, há uma infinidade de acertos e belezas espalhadas dentro do nosso coração. Um homem há um determinado tempo atrás, falou ao mundo uma centena de palavras que ele afirmou serem “boas novas”. Nós temos boas novas que mesmo misturadas com as péssimas velhas pareçam pequenas, são importantes o bastante para nos manterem vivos e felizes.
Se você anda pensando coisas ruins, pode ser que você esteja pensando demais em você mesmo!
Pense nisso!
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