sábado, 5 de novembro de 2011

A grande corrida da nossa existência

O casamento é uma maratona. Ele não sobrevive se for vivido intensamente demais, assim como não se completa nas passadas lentas da rotina indiferente. Num relacionamento como esse, em que não existem muitos pontos em comum, é raro existir perfeição. Sem demagogias e delongas, não existe relacionamento em que o respeito por pelo menos uma vez seja quebrado, quer por palavras ou atitudes. O grande desafio na vida de um homem e de uma mulher que desejam estar juntos para o resto da vida é sem dúvida nenhuma, saber lidar com o desrespeito, até porque, o respeito, é fruto da convivência, das atitudes, das discussões, e desconfio que desta forma que se constroem histórias.
Por mais que as paixões inflamadas de Hollywood ou os amores impossíveis das telenovelas tentem me desanimar, a minha história de amor não dura 2 horas e meia como em um filme, muito menos, os oito meses de uma novela. A minha história é uma maratona, que requer resistência nas subidas íngremes dos momentos difíceis, e sobriedade cheia de alegria nas descidas dos momentos felizes. Algo me diz que entre subidas e descidas existe o refrigério dos caminhos planos e das paisagens belas.
Esta maratona humana que todos nós desejamos realizar desde criança, nos leva a desidratação do nosso próprio EU. A sede de alimentarmos nossas próprias convicções e ideias parece paralisar nosso corpo, alma e mente. Não existe outro relacionamento humano que nos leve a tão doloroso combate. Teremos, nós, os maratonistas, que lidar acima de tudo, com a nossa própria mente que insiste em abandonar tudo, procurando alguma sombra com água fresca. A vida, diria o sábio, é como andar de bicicleta, o equilíbrio existe enquanto você pedala. Talvez, o relacionamento seja uma verdade paralela. O segredo do casamento perfeito? Não sei, mas decidi continuar correndo...

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