segunda-feira, 20 de junho de 2011

Uma viagem de avião...

Eram por volta das 3 horas da manhã e o avião estava balançando como um carro num asfalto brasileiro. Em baixo havia um oceano e em cima o infinito, e a Márcia sabia muito bem disso. Passou a viagem inteira acordada esperando que saíssemos de cima do oceano, como se isso fizesse alguma diferença...
Eu disse: “Existe algo de muito divino no homem conseguir alcançar lugares tão altos”. Esta viagem teve uma dose pedagógica porque descobri que o homem não pode por si só ir nas profundezas da terra, nem nas alturas dos céus, sem estar envolvido por algo maior e mais forte do que ele.
Nas profundezas ou nas alturas o homem que não está envolto pela graça de Deus está correndo um serio risco de vida porque não há como suportar as condições normais de temperatura e pressão nos extremos deste Planeta.
A vida também possui esta realidade, embora poucas pessoas saibam disso. Quanto mais alto a vida nos leva mais o homem precisa estar pressurizado pela presença de Deus sob pena de não resistir as fortes pressões que as alturas oferecem.
Volte e meia alguma grande celebridade é encontrada morta nas alturas dos seus céus cheio de vôos solitários.
Então não consigo entender aonde estas pessoas se encontravam. Elas estavam no céu da fama, do dinheiro, do reconhecimento, ou nas profundezas da solidão, do desamor, dos interesses? Ao mesmo tempo em que o homem pode alcançar os céus, pode estar com os pés grudados nos vales mais baixos deste mundo.
Esta realidade entretanto é vivida por todos os homens. Não existe aquele que não tenha ou enfrentado o calor do fundo dos poços, ou o frio dos altos céus.
É curioso pensar que o sucesso pode trazer morte, mas isto é a mais pura verdade. Quando o homem alcança o céu desalienado das asas do Pai, ele ganha o sexo mas perde o sentimento, ganha o dinheiro mas perde a provisão, ganha colegas, mas perde os amigos, ganha casas, mas perde seu lar.
Deus é a única forma do homem enfrentar estas duas realidades. A morte espera o homem tanto nas alturas quanto nas profundezas. Somente estando dentro da vontade divina existe vida nas tristezas do fundo do mar, assim como o homem consegue continuar sendo humilde nas alegres alturas do céu.
Alguns julgam não precisar de Deus. Para outros, Deus é uma invenção humana que deu certo. Esta realidade pode ser verdade para todo homem que está pisando a terra com seus próprios pés.
O homem descobrirá Deus quando perceber-se pequeno o suficiente para ser engolido pelas forças deste mundo, e por isso Jesus é o maior.
Ele enfrentou as profundezas da morte e saiu ileso. Está nos mais altos céus e ainda permanece vivo.
Deus provou ser o esconderijo ideal que todo homem precisa encontrar. Uma espécie de submarino nos momentos de angustia, e um avião nos dias de felicidade e com as mesmas asas largas que Deus nos faz voar para os mais altos céus, traz sombra e conforto nos vales mais inóspitos e desérticos dessa terra.
Enfim se vou até o céu lá tu estás, se desço nas profundezas da terra também lá te encontro, para onde irei eu me verei perante a face do Senhor...

Pense nisso.

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