quinta-feira, 28 de abril de 2011

A minha morte foi planejada.

Certamente enquanto eu escrevo esta página alguém está tendo a sua morte planejada. As armas foram compradas, e o dinheiro do crime já foi depositado. O endereço também já está todo estudado. Tudo está pronto.
Amanhã nesta mesma hora tudo será matéria do jornal.
Desconfio que a morte seja um grande inimigo do homem, até porque ela ofereceu 30 moedas para Judas na ânsia de engolir um nazareno há dois mil e poucos anos atrás que falava sobre um tal de vida eterna.
A morte está planejando o seu fim. A morte está colocando sua vida à venda. Ela insistentemente está criando motivos para dar de cara com você.
Ela pode usar algumas moedas, pode dar um beijo na sua face, pode oferecer tudo o que você mais deseja!
A morte está tão perto de nós, até porque uma centena de pessoas estão acreditando nas soluções que ela oferece. Quantos acreditaram que dariam fim aos seus problemas se jogando do décimo sétimo andar? E outros que ainda acreditam que bebendo um engradado de cerveja conseguem a solução para as dívidas sem fim? Quantos então decidiram dar fim ao casamento, em troca de liberdade? Alguns abandonaram sonhos por causa da dificuldade? Não há como negar que começamos a acreditar que o fim tem um poder terapêutico de nos dar paz, mas isto e apenas ilusão de ótica.
Talvez por isso o fim de ano é tão esperado e o fim de semana é tão comemorado. Sem perceber a morte está tragando o tempo, os momentos, levando o homem a acreditar que a segunda-feira é angustiante e que abril é depressivo.
A morte não é uma solução para as dívidas nem para as angústias, ela é a representação máxima de que o ser humano foi beijado, foi negociado, foi escolhido.
A pior morte é quando o homem ainda vivo está apodrecido dentro dos sepulcros da ignorância, da individualidade, da soberba, e sem perceber que foi seduzido pela acomodação do pensamento.
Eu entendi nesta noite que todo ser humano recebeu o sopro de vida de Deus e o beijo da morte de Judas. Não há como fugir destas duas situações. Entretanto, quando um sepulcro ficou vazio, e um suposto homem que havia morrido há três dias começou a comer peixe, pão e mel junto com seus amigos, a morte não entendeu nada.
Os músculos daquele homem não estavam se degenerando. Depois de três dias lidando com aquele corpo embalsamado pela vida eterna, a morte arrastou a pedra do sepulcro e saiu desiludida. Toda a trama, as moedas, o beijo, a cruz, não tiveram o poder sobre aquele homem.
A morte pela primeira vez se deparava com a vida na mais alta expressão do significado.
Minha morte tinha sido planejada. Já estava tudo acertado os valores, a data, o momento e quem iria me beijar.
Ela já havia convocado seus discípulos e usado todos os seus instrumentos. A morte estava me rodeando e marcando um encontro comigo. Mas num momento, num abrir e fechar de olhos, meu coração deu batidas descompassadas, porque a vida começou a ser bombada dentro de mim de uma forma como nunca antes.
Quando já estava enredado pelos pães que haviam se transformado em pedras. Quando já estava apaixonado pelo beijo que havia me chegado a face, a Luz de Deus surgiu em minha vida tragando toda a morte pela vitória.

Onde está morte a tua vitória? Onde estão os teus beijos? Eles se perderam em meio ao caminho, a verdade e a vida presentes em Jesus Cristo!
A partir daquele dia a morte deixou de ser o fim, para na verdade ser o começo.

Graças a Jesus por isso!

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