O dia da mentira logicamente é muito mais conhecido do que o dia da verdade, até porque existe algo de verdadeiro em descobrir que somos mentirosos.
A vida é um conjunto de momentos decisivos e o dia da verdade tem data e hora marcada na vida de todo homem. A data do vestibular é para o estudante, assim como a crise é o momento da verdade de um relacionamento. A falência é o período da verdade do caráter de um homem, e a prática é a mais pura demonstração das verdades teóricas.
O mundo parece girar desconfiado e curioso, querendo descobrir o que existe de verdade em nossos discursos e em nossos sorrisos.
Parece-me que não tem como fugir do dia da verdade, por isso viver honestamente seja a mais sábia das escolhas.
Por mais que o nosso Brasil seja um tanto quanto conivente com a trapaça e o engano, e muita gente esteja rica com as ferramentas da mentira, ainda acredito nas riquezas da verdade.
Até porque não há como fugir do cantar do galo. Não há como negar que todo homem tem um encontro olho a olho com Deus, e ser vilão neste encontro leva o homem a um choro amargo e decepcionante.
Todas as verdades de Pedro foram desnudadas naquele momento gélido em que seus olhos encontraram com os olhos de seu mestre. Ao som do cacarejar de um galo a amizade daqueles dois homens tinha sido provada.
Todo homem se esquiva deste encontro, deste olhar, deste canto, mas não há como fugir desta realidade. A verdade é algo que tem muito a ver com o divino, por isso não acredito que a mentira que existe dentro de nós possa estar aliada a verdade que existe em Deus.
A verdade tem um encontro inadiável com cada um de nós, e esta música não há como não dançar.
Eu sei que este olhar para dentro de nós é um pouco confrontante, mas não há como fugir deste cacarejar divino que pergunta: o seu casamento suportaria este dia? E o seu chefe aplaudiria você nesta data? Seus filhos ficariam orgulhosos?
A troca de olhares destes dias revelará verdadeiramente quem somos.
Pense nisso.
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