sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

O que o futebol e a política tem em comum?

Há pouco mais ou menos dois meses o Brasil assistiu uma votação extraordinária em Brasília. Em cinco minutos os políticos votaram seus próprios salários com aumentos que todos nós um dia sequer sonhamos em receber.
Tudo bem, eles se sentiram nessa obrigação afinal de contas, seus auxílios, suas horas intermináveis de trabalho, suas segundas e sextas de folga, não estavam dando no orçamento familiar. Tudo bem, já estou acostumado com essas coisas, entretanto, olhar para este cenário de homens engravatados e “preocupados” uns com o orçamento do país, e outros com o orçamento do povo, me faz rir.
Porque há dois meses não houve esta preocupação? Porque eu e você iremos pagar 2 bilhões a mais por ano para nossos “trabalhadores” que agora jogam futevôlei nas praias do Rio de Janeiro?
As vezes fico pensando que se a torcida do Corinthians e do Flamengo se indignassem com os políticos como se manifestam contra seus times, teríamos um novo Brasil.
Mas por quê? Porque o brasileiro é tão passivo? Porque somos capazes de brigar por uma vaga no estacionamento, perder a cabeça pelo do time do coração, arranjar confusão por causa da namoradinha do colégio, mas somos tão idiotas e passivos na hora de cobrar uma postura digna de nossos governantes?
Fico pensando. Quantos de nós não queríamos ser um funcionário fantasma para ganhar uma graninha por fora? Quantos de nós nunca pensamos em estar envolvido nesta mamata? Em vez de repudio por estas pessoas, na verdade, o povo tem inveja e gostaria de estar no lugar deles, realizando as mesmas coisas que eles.
Ou você nunca teve problema com o sindico com notas frias? Ou você não conhece um colega de trabalho que se aproveitou de uma liderança? Ou não estamos rodeados da mesma essência que está no senado e na câmara?
Gente! Vamos parar de reclamar dos políticos, porque eles são apenas a representação do que, no fundo no fundo, todos nós somos.
Um povo que visa o beneficio próprio, independente do que possa acontecer ao outro.
Os “famosos” no Brasil lavam suas mãos nos “crianças esperanças” e como Pilatos naquela tarde no Sinédrio, saem de cena com ar de heróis, e muitos destes mesmos que pedem paz e justiça, estão fumando maconha e cheirando cocaína nas festinhas dos sábados a noite.
Este povo brasileiro que tanto se gaba de ser trabalhador, é na verdade, um povo que precisa repensar, e ter um olhar mais verdadeiro para dentro de si, porque estou cansado dessa história que o outro é injusto, o outro é ladrão, e eu sou uma vitima.
As vitimas estão morrendo de fome, de frio e vivendo em cima dos lixos, e volte e meia, acordam com a casa cheia de terra.
Enquanto nós estamos preocupados com o clássico de domingo, eles estão nos seus iates, em seus apartamentos luxuosos, estão fumando charutos importados e viajando com seus familiares para fora do Brasil!
Ah, e o Ronaldo o maior jogador de futebol da história do mundo encerrou sua carreira bem agora que sofreu uma série de ameaças e “reivindicações” violentas. Uma coincidência! Talvez se o povo brasileiro amasse a justiça e priorizasse seu futuro muitos políticos estariam encerrando suas carreiras rapidinho.

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