segunda-feira, 22 de julho de 2013

João Pedro



Escrevi e apaguei. Escrevi de novo e apaguei mais uma vez. Em toda minha vida encontrei palavras, mas confesso que neste dia, ante ao seu nascimento, as letras estão embaralhadas. Um nó na garganta se forma a todo instante que imagino você em meu colo. Uma insistente lágrima desliza em meu rosto anunciando um novo tempo.

Uma sementinha de eternidade toma espaço dentro da minha vida.

Estou grato a Deus. Acompanhar o milagre da gestação foi para mim grande presente.

E se meu amor de pai é tão puro e lindo, imagino que o amor do meu Papai seja maior ainda. No mesmo instante que descubro o amor de ser pai, me sinto mais amado pelo meu. Ser Deus, mas não ser Pai não teria sentido para aquele que nos ama de forma incondicional.

Sem palavras suficientes, mas com um amor transbordante. Sem letras elaboradas, mas com um coração encharcado.

Para meu gergelim,

Com amor,

23/07/2013 Yeun Long, Hong Kong

Carlos Bertoldi 11:38

Papai

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