A engenhoca do evangelho moderno é
conhecer o segredo de se tornar digno. A força humana que se propaga em
descobrir a verdade evangélica é possuir a força de mover os vetores e os
engenhos que movem os moinhos, e que assim, produzem fortunas. A Luz que se
propaga entre nós não é a Luz que surgiu através de uma Palavra, mas da força
humana em inventar, em fazer, em trabalhar, em sacrificar, em orar, em
realizar.
Ninguém que tenha vislumbrado Jesus
compreende o mistério da inércia da salvação. Tudo que é divino é gerado a
partir da impossibilidade dos braços humanos, e tudo que é maligno, acontece da
força do braço mundano.
Deus gera luz pela palavra Dele,
não pelas nossas. Deus faz acontecer através do tempo dele, não dos lúgubres ativismos
religiosos. Não entenderá o homem que sua oração somente é oração quando deixa
de ser uma ação, para ser uma relação. Os sacrifícios da ação das palavras
geram apenas confiança no cérebro, mas engano no coração. A relação em Deus compreende
que o mundo foi transformado antes mesmo de ser inventado, isto, feito pelo Cordeiro
já imolado.
A oração somente é oração quando não
possui o ativismo do querer, mas a inércia do entregar. A oração somente é
oração quando é um papo, uma troca, um, “o que você acha, Papai?”.
A oração, quando não compreendida profundamente, se torna na maior engenhoca humana
em obter luz própria, mas não a Luz de Deus. É movida pelo desejo de ter
respostas aos sacrifícios, mas não pelo amor das descobertas que somente uma
relação pode proporcionar. Se o evangelho é deturpado veementemente e ninguém
consegue ver, nem mesmo ler, imagine a oração, que é algo íntimo, interno, intrínseco.
O que precisamos de fato são
gemidos inexprimíveis, que não são compreendidos por nossa mente carnal, nem
pelo nosso espirito individualista. Não. Nós, ainda não aprendemos a orar como
convém. Deus é quem move os geradores da oração. E qualquer oração, que seja
apenas uma ação, não passa da mais pobre ficção.
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