Infelizmente para a nossa geração ler algo sobre Jesus é um pouco desinteressante. Sei também que se este texto estivesse vinculado em alguma personalidade, um astro, ou quem sabe no BBB, o número de leitores certamente seria muito maior.
Mas como não estou interessado em me tornar famoso e célebre, muito menos alcançar um milhão de acessos em meus textos, coloco no papel por onde minha mente andou passeando e isso me faz mais feliz.
Falar sobre Jesus é difícil, porque quando se menciona este nome, se forma uma tsunami dentro da mente humana, que arrasta tudo que é sóbrio para tudo que é místico.
O homem perdeu o entendimento de olhar para Jesus sem alienar a ele um milhão de doutrinas e tradições eclesiásticas, que tiram qualquer interesse sobre este homem que acostumamos ver crucificado em templos deste século.
Ficando com o Jesus puro, sem nenhuma invenção, nem intervenção humana, conheço um Jesus interessante.
Um Jesus que não somente operava curas, mas que ensinava o povo todos os dias, e de noite ia dormir no monte das oliveiras. Se o povo madrugava para escutar aquele homem falar, é porque seu discurso e suas palavras eram interessantes e verdadeiras. Jesus não poupou falas duras com medo de perder seu ouvintes. Jesus não foi vencido pelo medo ou pela vaidade e apontou o dedo para a religião a chamando de hipócrita, e para o homem o chamando de mau, e mesmo em meio as suas falas mais duras e severas, Jesus sempre este cercado de um grande público.
Quando falamos neste Homem uma enxurrada de cenas e situações preenchem a nossa imaginação, entretanto, o que mais Jesus fez quando esteve entre nós, foi ensinar o homem a viver uma vida melhor.
Quando Jesus colocava o ponto final em suas falas, milhares de pessoas haviam aprendido coisas importantes. Se descortinavam homens melhores porque haviam escutado palavras sóbrias e de entendimento, e não haviam participado de um ritual místico e sobrenatural.
Esta relação de ensino e aprendizado se encerrou quando a religião abocanhou Cristo como seu grande personagem. Começou então uma relação diferente entre Jesus e o ser humano. Este Jesus da religião parou de ensinar, proibiu ao homem o conhecimento, fechou as portas do pensamento, e priorizou o ritual mais do que o aprendizado.
Hoje, vivemos estas conseqüências genéticas e hereditárias em nosso ser. Herdamos uma fé ritualista e pouco profunda. Conhecemos um Jesus mais místico e sobrenatural, do que prático e verdadeiro.
Jesus não queria ser um rito para ninguém, mas queria ser uma verdade, um estilo de vida, e uma realidade.
O que as pessoas escutavam de Jesus as transformavam. Os ensinamentos do Cristo que tornavam as pessoas sãs, e não a sua presença mística.
Não estou fundamentando uma nova verdade, somente repassando o que Jesus disse em algumas ocasiões. Os religiosos certamente ficarão irados com este texto, mas se eles perdessem seu tempo aprendendo com o mestre, descobririam que Jesus não se aliou a religião, mas ela se aliou a ele.
Jesus não é um personagem místico e irreal. É um professor, é um mestre, é um ser vivo. Não estou cumprindo um ritual nesta manhã, mas estou aprendendo mais um pouquinho com aquele que veio para ensinar o homem a criar, e não somente a reproduzir.
Quando o homem volta a ser um aprendiz e Deus um professor, então, algo de divino começa a acontecer nas entranhas do nosso ser, e esta metamorfose causa no homem um impacto moral e pedagógico que nenhum rito por mais bonito e majestoso que seja poderá realizar em toda a sua história.
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