A cada dia está ficando mais
difícil discernir entre o que é verdadeiro e falso. As falsificações estão cada
dia melhores e mais similares. Os produtos piratas estão por todos os lugares,
em todas as casas, a venda em todas as esquinas.
Quando Jesus falou sobre a videira
verdadeira, estava ele afirmando categoricamente que, se ele é a marca original
da vide, então uma versão pirata também estava sendo comercializada, é lógico,
a preço de banana.
Diria a parábola de Cristo que o
Pai é o agricultor, o Filho é a vide e os homens os ramos.
Jesus parece ter posicionado o
homem em relação a Deus e ao mundo, pintando um quadro de uma fazenda bonita e
bem cuidada. No meio desta pintura uma grande videira, cheia de ramos e um Agricultor
com uma tesoura numa mão e uma pá na outra.
A maior dificuldade humana desde os
primórdios está em fazer parte de alguém. Os casamentos que o digam. Esta
condição em que Jesus é o tronco, a árvore, e nós os ramos, muda tudo aquilo
que aprendemos no circulo religioso. Desde o nascimento compreendemos que
Cristo deve fazer parte da nossa vida, dos nossos pensamentos, dos nossos
esforços. Somos estimulados a convida-lo a fazer parte da nossa história. Entretanto,
olhando no ponto de vista desta parábola, são os ramos que fazem parte da
videira, e não a videira dos ramos. O homem realmente encontrado com Cristo,
não o convida, mas foi convidado. Ele vive porque está aliado a saúde da Videira
Verdadeira.
Nós, como religiosos, e, talvez
muito bem intencionados, somos uma videira doente. Convidamos Jesus a ser um ramo
da nossa vide, porque sabemos que Ele é bom. Afinal, alguém precisa resolver nossos
problemas existenciais. Convidamos o Agricultor e a Videira a florescerem nossos
galhos secos. Fazemos propósitos para que folhas brotem, para que nossos carros
sejam novos. Eles, por fim, passam a fazer parte de alguns projetos e momentos.
São pequenos galhos que estão enxertados em nós. Nós não vivemos por Eles. Eles
dever viver através de nós. São pequenos amuletos quebradiços e infrutíferos.
Então, a diferença entre o que é
pirata do que é original se evidencia. Uma possui frutos, a outra não. Uma
videira está cheia de folhas e galhos, enquanto que, a outra menor e menos
folhada está cheia de cachos. Os passarinhos e as abelhas estão aonde existe o açúcar
das frutas que amadurecem. Os homens ainda não compreenderam
seu lugar de direito neste relacionamento divino. Nós somos os ramos. Ao homem
está esta missão de fazer parte de Deus, através da comunhão com Cristo. Muito
embora, nossos pensamentos vaguem até Satanás como personificação desta videira
falsificada, nós somos estes piratas tentando obter benefícios divinos com
ideias humanas.
Deus não está acostumado a quebrar alguns
galhos como tanto queremos.
Talvez estejamos vivendo o momento
mais infértil e improdutivo de toda a história. Nunca existiram tantas videiras,
mas também nunca houve tantas falsificações.
“Porque não fostes vós que
escolhestes a mim, mas eu que escolhi a vós, e vos designei para que vades e
dês fruto e o vosso fruto permaneça, a fim de que, tudo que pedirdes em meu
nome, eu vo-lo conceda”. (João 15;6)
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