quarta-feira, 25 de abril de 2012

A alquimia de transformar amor em ódio


O amor sempre foi personagem principal em qualquer coração. Não há fuga, nem esconderijo. Ele está presente, basta apenas uma direção, um alvo, um porquê. Quando ele encontra essas ruelas, desabrocha sem dar avisos prévios. Colore rostos, preenche pensamentos, abre sorrisos. Ele é a mais profunda e dolorosa descoberta, pois inevitavelmente o sofrimento é seu sinônimo mais aconchegante. Entre a felicidade e o amor existem vírgulas cheias de rotina. O amor não sobrevive sem estes simples respiros, tempos e momentos. Na morte cerebral o coração ainda vive. Sem a sabedoria do pensamento, os sentimentos são inúteis. Eles morrem, não porque pararam de bater ou existir, mas porque alguém parou de pensar. Este sentimento não vive exclusivamente dentro do peito ou no mundo das emoções, mas no complexo universo dos neurônios. É com inteligência que se nutre um amor. Os afetos verdadeiros não possuem cifras. Ele é o maior sentimento humano. Não existe nada que vá além. É o ápice do entendimento. É o mais corajoso investimento. É a resposta dos porquês, o resultado das álgebras, o mais esplendoroso encontro de uma solução. O amor não cabe somente no peito, porque deve ser abrigado no intelecto que reflete, sente, vive. A alquimia de transformar amor em ódio é a mais vil tentativa humana de destruir algo que é eterno. Ele não morre, nem se transforma, apenas descobre que precisa encontrar um novo e mais aconchegante lugar.

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