Todo homem possui uma orquestra que toca de acordo com o movimento de suas mãos. A musica que escutamos durante toda a vida, é a regência dos acordes que fizemos os instrumentos tocarem. O balançar dos nossos braços e os acordes que criamos diante das circunstancias da vida constroem toda a sinfonia pela qual escutaremos o resto da nossa caminhada.
Não há como fugir desta condição de maestria que Deus chamou todo ser humano a viver. Esta condição de influenciar os mais diferentes acordes e sons, e transformar um monte de pessoas e instrumentos na mais bela e harmônica das canções.
Quando não assumimos esta condição de mestre maestro, a musica da nossa vida desafina, e esta condição, nos remete a angustia e a tristeza.
O homem feliz fica de frente para a orquestra e dá as costas para o público, porque está comprometido com a musica que está construindo, e não com as pessoas desconhecidas que estão ouvindo.
Nenhum homem tem o direito de reclamar da marcha fúnebre que está escutando, porque na verdade foram os acordes que escolheu para que sua orquestra tocasse. Nem mesmo pode reclamar dos músicos, porque eles são submissos aos traços e braços do maestro.
Ou nunca ninguém escutou o quão desafinado é o grito de um homem desiludido? Ou a entonação frágil de uma mulher triste? Quando os sons ao nosso redor constroem algo desafinado com a beleza e a alegria da vida, é porque então fomos incapazes de levar alegria e sorrisos as pessoas que amamos.
Esta realidade que nos coloca como construtores nos devolve a verdadeira condição pela qual fomos criados. Fomos criados para criar uma poesia, uma musica, e este milagre harmônico que está em nossas mãos nada mais é do que uma grande oportunidade de dançarmos a melhor musica do mundo.
Até porque ninguém gosta de dançar uma musica ruim, não é mesmo?
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